quarta-feira, 11 de novembro de 2009

A “SUPER” EFICIÊNCIA


A funcionária anda para cá, anda para lá; dá suspiros de cansaço; atende ao telefone; faz anotações em um papel; olha para outra pessoa que está na mesa ao lado e faz careta. Segue falando ao telefone e com a outra mão puxa um papel daqui, outro dali. Desliga o telefone. Pega outro papel e sai da sala. Ufa! Que correria! Que dia!
Mas, um observador atento vai confirmar que toda essa “eficiência” é muito mais espuma do que líquido! E pergunto: por que, em tantos casos, essas organizações têm tantas reclamações no PROCON ou nos outros órgãos de Defesa do Consumidor? Por que recebem tantas reclamações? Dando uma geral, muito dos problemas situam-se no Atendimento, na relação com o público.
Contratar um funcionário exige perceber se a pessoa quer só um salário, ou, se está mesmo comprometida com seu trabalho, sua profissão, quer crescer profissionalmente e fazer com que a empresa também cresça, elimine problemas ou traga soluções. Além disso, se o relacionamento com o público fizer parte da função, ela deve passar por mais pessoas para ser checada sua capacidade de comunicação e resolução de problemas.
Percebe-se cada vez mais que as maiores ansiedades de uma pessoa, que está em busca de uma vaga ou negociando com uma empresa, é sempre o ‘vale-isso’, o ‘vale-aquilo’, o salário, o convênio médico, o seguro de vida, o horário de trabalho, o local da empresa etc. e etc. Pouquíssimas vezes ouvisse alguém que volta de uma entrevista, falar sobre a empresa, seu site, seus negócios, a posição oferecida, eventuais treinamentos negociados, pós-graduação ou mesmo um curso profissionalizante.
Para quem não sabe ou não lembra o significado correto da palavra, aqui vai um refresco: profissional – pro.fis.si.o.nal – 1 Relativo, próprio ou pertencente a profissão; 2 Que exerce uma ocupação como meio de vida ou para ganhar dinheiro; 3 Exercido como meio de vida, ou pelo ganho, por profissionais ao invés de por amadores; 4 Pessoa que exerce, como meio de vida, uma ocupação especializada.
Assim, o candidato que pretender demonstrar muita “eficiência” na próxima entrevista, deve pensar antes: vão olhar a espuma ou o líquido?

Autor: Edson Lobo

Postado por MAYARA SILVA

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