Um estudo da consultoria Price Waterhouse, demonstra que São Paulo poderá subir quatro posições no ranking das cidades mais ricas do mundo, tornando-se a sexta metrópole até 2025. Mais sete capitais brasileiras - Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Recife, Fortaleza e Salvador - também podem estar entre as 150 maiores.Outro índice, elaborado pela GaWC - Globalization and World Cities Study Group & Network, entidade sediada em Loughborough no Reino Unido, classifica as megalópoles em três categorias: alfa, beta e gama, de acordo com sua importância relativa. São Paulo e Rio de Janeiro são as representantes brasileiras, classificadas respectivamente no primeiro e segundo grupo.Motivo de orgulho para alguns e de desespero para outros. Prefeitos e governadores sentem-se vitoriosos pelos rankings. Já a maioria das pessoas que vivem nessas cidades se preocupa com a qualidade de vida cada vez mais escassa nestes grandes centros.Insegurança, carência de leitos hospitalares, escolas, moradias e saneamento básico, convivendo com shoppings de luxo, hospitais de ponta, escolas de primeiro mundo e condomínios que se assemelham a fortalezas. Trânsito de gente, celulares e carros. Congestionamentos medidos em dezenas ou centenas de quilômetros, como nas infernais manhãs e fins de tarde paulistanas.Aeroportos de grande porte, bolsa de valores influente, infra-estrutura de comunicações, sedes de grandes multinacionais, milhões de habitantes, influência econômica, museus e eventos internacionais são alguns dos critérios necessários para que uma cidade seja considerada global.A economia destas cidades tem sua espinha dorsal na oferta de serviços. Instituições financeiras, agências de publicidade, operadoras de telefonia celular, provedores de internet, shoppings centers, restaurantes, escolas, universidades e centrais de telemarketing, são alguns exemplos.Seus habitantes demandam por serviços cada vez mais customizados, em horários no mínimo inusitados. Ginástica e supermercado na madrugada, exames laboratoriais no domingo, o almoço trocado pelo salão de beleza.Aos que desejam dar adeus à vida corporativa, o momento é propício aos empreendedores que desejam abrir um negócio no médio prazo, aproveitando o crescimento das cidades e as crescentes demandas de seus moradores.Os aspectos demográficos - mais mulheres no mercado de trabalho, casais sem filhos, pessoas morando sozinhas, profissionais de meia-idade com mais recursos e tempo disponíveis, idosos vivendo mais e melhor - abrem segmentos de mercado lucrativos e ainda mal explorados.Sustentabilidade, créditos de carbono, terceiro setor, reciclagem e terapias alternativas, por exemplo, sugerem negócios criativos, inovadores e diferenciados. A tecnologia da informação, cada vez mais disponível, acessível e compreensível, baseada em modelos abertos e colaborativos, provê a base para estes novos empreendimentos.Oportunidades e ameaças conviverão lado a lado nos próximos quinze anos aos habitantes dessas cidades. Aos que apreciam a adrenalina, o requinte e a oferta de produtos e serviços de grandes cidades, não precisarão mais viajar à Nova York, Madri, Chicago, Tóquio, Paris, Londres ou Milão. Aqueles que preferirem uma vida mais tranqüila, podem ainda escolher a calma de uma cidade do interior. Brisa, chafariz, banco de praça e sorveteria provavelmente ainda estarão por lá em 2025.
Escrito por Carlos Morita
POSTADO POR: GIUCIANE MENEZES SOUZA
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
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