Motivar, saber ouvir, buscar melhores resultados para empresa e servir de exemplo. A união dessas características pode formar um bom líder. Há pessoas que exercem uma liderança natural e outras que precisam aprender a fazer isso. Mas, nos dois casos, seja para melhorar as qualidades ou ampliar as aptidões, o importante é saber até que ponto os demais membros da sua equipe o enxergam como líder. Se for o caso de buscar uma posição de liderança, precisará trabalhar aspectos comportamentais consigo mesmo e com seu próprio grupo. O entendimento de como cada pessoa é visto no grupo profissional pode ser de grande ajuda nessa caminhada.
Orlando Pavani, CEO da Gauss Consulting, revela que um bom líder é aquele que sabe ouvir e respeitar o seu grupo. “O líder não é aquele que chefia simplesmente, mas aquele consegue interferir nas emoções não cognitivas do liderado, ou seja, aquela pessoa que consegue ser obedecido ou pela lógica de seu raciocínio ou pelo carisma de sua atuação junto aos seus colaboradores”.
Pavanini diz que se engana aquele que considera que um bom chefe deve ser autoritário. “Autoritarismo e liderança definitivamente não combinam. No entanto, não podemos também dizer que ausência de autoritarismo é ausência de autoridade. A autoridade é imprescindível e exercê-la é uma característica fundamental do líder, mas a forma de exercê-la é que fará a diferença. Os bons exemplos de líderes têm uma autoridade respeitada e não temida, está talvez seja a principal diferença”, revela.
Você considera que possui o perfil de um líder? Faça o teste elaborado pela empresa Thomas Brasil, especializada em gestão de pessoas e recursos humanos, e verifique se sua equipe o enxerga com esse perfil de liderança.
Teste “O quanto você é visto como líder?”
(observação: este não é um teste científico, apenas um exercício de percepção para ajudá-lo a entender a imagem que as pessoas têm de você)
1 – Quando você está andando com um grupo de três ou mais pessoas na rua, o quanto você fica no meio do grupo e dá o ritmo da caminhada?
A – Sempre ando ao centro e as pessoas normalmente caminham à minha volta, conversando. Usualmente eu dou a tônica do assunto e o pessoal me segue.
B – Às vezes ando ao centro do grupo, outras vezes não. Não consigo qualificar melhor que isso.
C – Não costumo ser o centro das atenções em situações como essa.
2 – Em um grupo de pessoas iguais a você (hierarquia ou grupo social), quando você fala, o quanto as pessoas param para ouvi-lo?
A – Sempre. Normalmente eu sou a referência do grupo em qualquer assunto.
B – Tenho que pedir a palavra às vezes com alguma veemência, mas uma vez capturada a atenção, sou ouvido cuidadosamente.
C – O grupo é disperso e difícil de manter a atenção focada em mim.
3 – Nesse mesmo grupo, quando você está falando, o quanto você é interrompido, em relação aos outros participantes?
A – Praticamente não sou interrompido. Sou o único do grupo nessa condição.
B – Sou interrompido tanto quanto os outros, até onde posso perceber.
C – É difícil falar para o grupo, sou um dos mais interrompidos.
4 – E em grupos de subalternos?
A – Praticamente não sou interrompido.
B – Sou interrompido para discussões às vezes.
C – É difícil falar para o grupo, sou interrompido a toda hora.
5 – Em grupos profissionais o quanto você é convidado para partilhar o horário de almoço com os colegas?
A – Freqüentemente, parecem procurar minha companhia.
B – Mais ou menos. Partilhamos o horário quando nos encontramos, é meio ao acaso.
C – Raramente me chamam.
6 – Com que freqüência você é consultado em assuntos profissionais em relação a outras pessoas do mesmo nível?
A – Freqüentemente e em várias esferas de assuntos. O pessoal parece confiar mais em mim do que no resto dos chefes para muitos assuntos.
B – Regularmente, tanto quanto os outros chefes.
C – Pouco. Alguns dos outros chefes são muito mais procurados do que eu.
7 – Em termos de gerência ou chefia, como você acha que é visto?
A – Como um líder natural, forte, responsável e com autoridade.
B – Como um gerente com autoridade delegada e com alguma liderança natural.
C – Como um chefe. Eu mando, eles obedecem e é tudo.
Agora conte os pontos:
5 pontos para cada letra A
3 pontos para cada letra B
1 ponto para cada letra C.
O máximo de pontos possíveis é 35. As graduações são:
Atingindo os 35 pontos: Todos os indicadores são de que você é visto como o líder do grupo que usou como referência.
Entre 33 e 30 pontos: Há sinais claros de que você já exerce alguma liderança natural sobre as pessoas do grupo que usou como referência, mesmo que você não se dê conta disso.
Entre 29 e 23 pontos: Na maioria dos momentos você é percebido como exercendo uma espécie de liderança freqüente, mas circunstancial.
Entre 22 e 17 pontos: A liderança circunstancial ocorre, mas em escala bem mais simples. Você não se destaca no grupo.
Entre 16 e 10 pontos: Raramente você faz sua voz ser ouvida no grupo. É algo a ser avaliado. Pergunte-se o quanto você gosta de pertencer a esse grupo e o quanto a situação lhe é confortável.
Menos que 10 pontos: As pessoas mal percebem que você faz parte do grupo. Você não participa, não expressa sua opinião e quando o faz, provavelmente ninguém presta muita atenção. Como no item anterior, pergunte-se o quanto essa rotina lhe é confortável ou não.
Atenção: Não se deixe abater se o resultado não o agradou. Analise os resultados, pondere e inclua tudo isso em seu plano de desenvolvimento, lembrando sempre que podemos melhorar nossas atitudes a cada dia.
Autor: Fábio Bandeira de Mello
Postado por Silvio Romano