terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Pequenas Igrejas, Grandes negócios: a fé e as performances profissionais.

Todas as descobertas do Homem nasceram de uma falta, uma falha ou um erro. Com essa máxima podemos avaliar que sem objetivos e perseverança nenhum resultado ocorre. Desta forma nos cabe questionar o quanto os fieis adquirem de vantagem competitiva em relação aos céticos?


A Filosofia de Feurbach (1804-1872) critica a fé religiosa vista então como a cegueira que causava o retrocesso da civilização, de acordo com o autor não foi Deus que criou o Homem, mas sim o Homem que criou Deus quando em uma patologia do espírito projeta para fora de si mesmo, criando inconscientemente um ídolo ao qual depois se submete. Posto isto o interessante para a sociedade na visão de Feurbach era deixar de crer para pensar.

Entretanto além de discordar de algumas posições do Filósofo, percebo que as religiões (em graus diferentes) desenvolvem atributos que são bem visto e relevantes ao mercado de trabalho como, por exemplo, a disciplina de acatar ordens, muitas vezes de pessoas que você nem ao menos viu. A capacidade de seguir exemplos de conduta. O desenvolvimento de uma consciência ética, dentre outros. No entanto o texto de hoje foca em uma habilidade que difere o empreendedor bem sucedido do sonhador frustrado: a fé (em seu sentido de esperança).

Tal fenômeno desenvolve em seus adeptos uma capacidade de acreditar de forma inabalável que tudo dará certo no final, mesmo que muitas vezes contra a lógica, e que perseverar faz parte do processo de ‘aprendizado’. Esses indivíduos se demonstram mais aptos a suportar os anos iniciais de seus empreendimentos, bem como as dificuldades do período de mortalidade empresarial e muitas vezes os períodos de treinamentos/estágio probatório.

A perseverança advinda da fé transforma a gestão empírica da tentativa e erro em um movimento contínuo, quase que científico, no modo de gerir empresas. O ato de perseverar cria o habito de aceitar mudanças como elementos naturais e como teste para a fé. Este comportamento favorece o clima organizacional, bem como funciona como fator motivador.

Caso o esforço não surta o efeito esperado será transformado em lição de fé e superado. Já ocorrendo o sucesso da iniciativa, neste exemplo o desenvolvimento da empresa pós período de mortalidade empresarial, os resultados serão atribuídos ao divino, fato este que estimula outros gestores crescendo assim o número de adeptos.

Então cabe concluir que por vezes fui considerado cético dadas minhas posições de questionamentos sobre alguns dogmas, todavia entendo a importância da instituição religiosa para o fomento de predicados éticos e morais, para aplacar a desesperança, para reordenar preceitos sociais e agora como fator de sobrevivência das empresas. Assim fica definido que até mesmo as pequenas igrejas, onde muitas vezes a fé é maior, podem ajudar a fomentar grandes negócios no mundo empresarial.


Sugestão para pesquisas futuras: proponho um estudo analisando as empresas que finalizaram suas atividades no último trimestre correlacionando com as religiões de seus proprietários.

Postado por Mauricio Belcavello

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